Brasília corre. Lisboa pensa.

Gilmar Mendes e o FIBE: O Poder e o Pensamento em Lisboa

PENSAR

JM Diogo

6/27/20241 min ler

No Brasil, o evento organizado por Gilmar Mendes é apelidado de "Gilmar Palooza", em analogia ao famoso festival brasileiro. Se fôssemos adaptar essa analogia para Portugal, seria algo como "Rock in Gilmar" ou "Gilmar Alive", referenciando os eventos musicais icônicos da terra lusa. Mas essas comparações não fazem justiça ao verdadeiro significado do encontro.

A semântica jornalística do Brasil, repleta de expressões vibrantes, não se aplica aqui. Em Portugal, a linguagem mais contida e ponderada dos portugueses não permite tais analogias. O evento promovido pelo ministro Gilmar Mendes não é um rodeo, nem uma fogueira de vaidades. É, na verdade, um encontro de poder em estado puro.

Nenhuma democracia que negligencia a saúde e o vigor de suas fontes de poder pode sobreviver. O Fórum Internacional de Direito e Economia (FIBE) não é apenas um desfile de figuras notórias e ruidosas. É um evento que, acima de tudo, possui conteúdo substancial e um propósito claro: debater com liberdade os caminhos do futuro.

Em um dos painéis, alguém observou com precisão: "Em Brasília, não temos tempo para nada; aqui, temos tempo para tudo. Lá, temos pressa; aqui, temos tempo." Essa reflexão captura a essência do evento realizado em Lisboa. A cidade oferece um ambiente propício para uma análise mais tranquila e detalhada, longe das pressões imediatistas.

A capacidade de convocatória do FIBE é notável. Ministros, senadores, deputados federais, membros do STF, juízes dos tribunais superiores, acadêmicos e líderes empresariais se reuniram para discutir questões cruciais e emergentes. Este novo momento geracional destaca a importância de diálogos profundos e significativos entre as nações.